O método de inversão capilar para crescimento dos fios funciona?

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Quer saber se o método de inversão capilar funciona? Eu também queria, por isso fiz o teste e conto tudo neste post.

Bom, vou começar esse post com uma verdade: o que a gente mais vê por aí são postagens sobre esquemas ou produtos que prometem um “crescimento rápido do cabelo”. E é sempre a mesma história: aquela foto de antes e depois do cabelo de alguém, mostrando aquele crescimento mágico do dia para a noite. Como eu não acredito em soluções mágicas, isso me deu vontade de investigar um pouco mais para tentar responder a pergunta: o método de inversão capilar para crescimento dos fios realmente funciona?

Bom, é que a inversão capilar, também conhecida como inversion method, é uma dessas soluções milagrosas que a gente vê pipocando na internet. E se você quer saber mais sobre o assunto, continua comigo. É desta técnica que eu vou falar nesse post.

O que acontece no método de inversão capilar?

Como o próprio nome sugere, você inverte o seu cabelo – ou no caso, apenas sua cabeça. A lógica sugere que quando a gente se vira de ponta cabeça, aumentamos o fluxo sanguíneo para o couro cabeludo e estimulamos os folículos,  resultando em um crescimento do cabelo mais rápido.

Pra testar o método não precisa plantar bananeira: você pode manter seu corpo deitado e jogar a cabeça para baixo de lado na sua cama, ou sofá, por exemplo. :-)

Dizem que o método faz com que o cabelo cresça 1 centímetro em uma semana. Sabendo que a taxa média de crescimento dos fios é de 1 centímetro por mês, a propaganda que fazem sobre o método de inversão capilar soa atraente para qualquer pessoa que queira um cabelo maior. Mas  afinal e de novo: será que isso funciona?

O meu teste:

Infelizmente, ainda não passei as fotos minhas de antes e depois para o computador – então, em breve atualizo esse post com as fotos. Mas de qualquer forma, acredito que vocês não iriam notar a diferença – embora eu tenha notado.

Sem mais delongas, vou relatar o que aconteceu no meu cabelo quando testei o tal método de inversão capilar.

Fiz o método de inversão por quatro semanas alternadas (uma semana sim, outra não, outra sim, outra não). Notei um crescimento maior da minha raiz sim. O legal é que minha cabeleireira também notou e chegou a exclamar que meu cabelo tinha crescido mais do que a média. O crescimento não foi milagroso. Não notei 1 cm durante a semana, mas digamos que se eu fosse medir, da média de 1cm que ele cresce normalmente, com a inversão ele cresceu 1,7 cm no mesmo período. Então, sinceramente, eu precisaria de mais testes pra dizer se o crescimento está ligado à inversão ou não.

Então, funciona ou não?

O que fica dessa história é que o método de inversão capilar funciona dependendo de pra quem você pergunta. Há várias pessoas por aqui que tentaram e compartilharam resultados positivos – acredito que o meu caso é um desses.

Se você estava em dúvida sobre tentar ou não, eu diria pra você se arriscar: afinal, o que você perderia? E o melhor é que tudo que você precisa é de um óleo natural e um lugar confortável pra ficar de cabeça pra baixo.

Como fazer o método de inversão capilar?

O jeito que eu fiz e que considero mais simples é deitando-se de costas, de modo que a cabeça penda para o lado ou para o final da cama  – já que não é todo mundo que é capaz de fazer uma parada de mão.

De qualquer forma,  existem algumas alternativas:

  • Sentada: sente-se em uma cadeira e incline-se pra frente de modo que a sua cabeça fique pendida entre os seus joelhos.
  • Em pé: Fique em pé e incline o seu corpo para a frente, como naquela posição de alongamento, onde suas mãos devem tocar os seus dedos.

Depois de aquecer uma porção pequena de algum óleo natural nas suas mãos (coco e argan são as melhores opções), massageie o seu couro cabeludo por cerca de 5 minutos e depois inverta a sua cabeça por 4 minutos. Isso pode ser feito por até duas vezes por dia. Atenção: use sempre óleo de origem vegetal.

Como raiz oleosa não é bem uma coisa saudável, recomendo que você deixe o óleo no seu cabelo até no máximo 3 horas depois que você fez a aplicação. Depois você pode retirar o excesso. :-)

Quem deve experimentá-lo?

Bom, se você ainda está em dúvida se deve ou não experimentar o método, vale lembrar que ele não vai te custar muito, nem leva muito tempo – o que são pontos positivos. No entanto, é importante lembrar-se de sua saúde geral, se você for optar por experimentar. Se você estiver grávida, é melhor ficar longe do método. Além disso, o método de inversão não deve ser realizado sem orientação médica em casos de problemas de coluna ou pressão arterial e labirintite. É importante lembre-se de que sua saúde geral é muito mais importante do que qualquer crescimento do cabelo! Enquanto você está em boa forma, vá em frente e dê uma chance ao método. Agora, se você se sentir tonturas ou náuseas a qualquer momento, PARE a inversão, e lentamente volte para a posição vertical,, ok?

Como saber se o método de inversão funcionou no meu cabelo?

Medir o seu cabelo pode ser complicado e é uma das razões pelas quais você pode interpretar mal os resultados. A recomendação é que, antes de iniciar uma semana de inversão, você faça medições de várias seções do seu cabelo: centro, nuca, frente das orelhas e no começo do couro cabeludo. No fim de uma semana, meça novamente as mesmas áreas para ver se você já nota algum resultado positivo. E qualquer ganho deve ser comemorado.

Por que eu não posso repetir isso pra sempre?

Naturalmente, depois de notarem bons resultados, algumas pessoas imediatamente querem mais. E eu entendo a lógica: “afinal, se você pode fazer crescer um centímetro em uma semana, por que não fazer a inversão várias vezes e ter um cabelo de Rapunzel dentro de alguns meses, certo?” Porque não é assim que a vida funciona. Quanto mais você  praticar, mais seu corpo se acostuma com ele – e o método para de funcionar. Por esse motivo, bem como para evitar problemas de saúde, é recomendado apenas para fazer uma sessão de inversão de uma semana, uma vez por mês.

É isso. Vocês já tentaram a técnica por aí? Tem alguma história pra contar?

Publicado originalmente em 22 de novembro de 2015.

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