O cabelo crespo sempre foi alvo de preconceito e com o passar dos anos temos visto cada vez mais um avanço da sociedade no quesito de luta em favor da diferença e movimentos contra o racismo e preconceito.
Infelizmente ainda hoje o cabelo crespo é considerado como o menos profissional quando se trata de um eufemismo para o preconceito enraizado no mercado de trabalho em relação à população negra e à estética. Pensando nisso, hoje resolvemos trazer um texto falando um pouco sobre este preconceito e também como podemos trabalhar para haver um maior protagonismo negro no mercado de trabalho.
Preconceito com cabelo crespo
Desde que a população negra conseguiu a sua emancipação os movimentos sociais têm se levantado não apenas contra um preconceito que é real e escancarado mas sim, contra a prática de preconceito velado.
Uma pessoa negra não sofre um racismo escancarado como era na década de 60 e 70 nos EUA com linchamentos e xingamentos. Quando as pessoas ou instituições mantém uma visão preconceituosa em relação às pessoas pretas estará negando uma oportunidade dessa pessoa mostrar as suas qualidades no mercado de trabalho apenas se baseando em sua estética com preconceito contra o cabelo crespo.
Na década de 70 nos EUA havia um movimento chamado “black power” que visava combater todo tipo de preconceito contra a estética afro de pessoas pretas e isso incluía afirmar que o cabelo crespo é válido e bonito. Com isto surgiram os penteados de estilo Black Power.
O movimento também lutava para que meninas e mulheres não fossem mais escravas, não no sentido figurado, mas sim no sentido de que eram obrigadas e forçadas a alisar seus cabelos em prol de uma estética que não valorizava a diferença.
Hoje em dia este preconceito ainda é presente quando por exemplo, empresas afirmam que o cabelo crespo é considerado como “menos profissional” sendo que o cabelo nada tem a ver com ser profissional ou não.
Cabelo crespo reduz contratação de negras
A universidade de Duke nos EUA, recentemente publicou uma pesquisa que indica que mulheres negras possuem menos chance de contratação por causa de seus cabelos. Apesar de essa pesquisa ter sido feita nos EUA, no Brasil ainda existe muito preconceito relacionado aos cabelos crespos.
Quando falamos sobre a falta de emprego para mulheres pretas queremos também falar que essas mulheres acabam sendo, de uma forma ou de outra, marginalizadas e acabam indo trabalhar em subempregos. Desta maneira fazendo com que a população preta permaneça marginalizada.
Dicas para assumir os seus fios e encarar o preconceito
O primeiro passo para lidar com o preconceito é a autoaceitação. Antes de sair por aí protestando é importante reparar se você não está sendo, preconceituosa consigo mesma e trabalhar na sua auto aceitação.
O cabelo crespo é lindo então basta aceitar essa verdade. O segundo passo é ir atrás das políticas afirmativas pois existem empresas que possuem vagas específicas para a população preta. Se aproveitar destas vagas não é coitadismo mas sim, abrir portas para um futuro sem preconceito!
Por que empresas devem investir em diversidade de cabelo?
As empresas devem investir mais na diversidade não só de cabelos mas de pessoas, pois isto representa uma política de empresa que observa a capacidade antes de estética.
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